Lembro-me de muitas situações, que sendo líder, tomei decisões difíceis. Mas em algumas, só deram bons resultados, porque ouvi minha equipe de trabalho. Qual é a razão desta constatação? Tem coisas que sua equipe de trabalho sabe e você não. Simples assim. Vou ilustrar esse parágrafo com uma experiência que passei. Eu era o líder de uma prestadora de serviços, em uma cidade do Rio Grande do Sul. Essa empresa estava modernizando tanto a prestação de serviços, quanto equipamentos e sistemas. Uma destas etapas de atualização era centralizar as ordens de serviço, através de uma nova etapa de um sistema, já existente, para a qual seria necessário escolher um técnico com conhecimento e experiência para fazer esta nova gestão. Como não haveria uma nova contratação, minha missão era de escolher um membro da equipe com as atribuições adequadas e desloca-lo para a nova função. Tinha varias opções e depois de fazer uma pesquisa em relação ao conhecimento da área física, experiência técnica e áreas da empresa em que haviam trabalhado, fiz uma escolha de dois técnicos, considerando opção um e dois. Foi neste momento que resolvi ouvir minha equipe. Sem comentar a respeito do que havia feito, comecei a conversar individualmente, com cada um, e explicando a nova função perguntava se ele fosse o líder quem escolheria e quais os motivos. Com esta experiência, descobri que meu time de trabalho sabia mais coisas do que eu imaginava e que sabiam coisas que eu nem imaginava. O resultado foi que escolhi para a nova função, o nome que me foi indicado pela minha equipe e que a nova gestão de ordens de serviço foi um sucesso. Mesmo depois, que fui trabalhar em outro local ele continuou fazendo um ótimo trabalho e com reconhecimento de colegas e gestores. Fiquei muito satisfeito com o que fiz, porque recebi dois reconhecimentos: minha equipe de trabalho viu sua indicação alcançar uma nova função e o técnico gestor sentiu-se valorizado por seu trabalho. Somente para completar a historia, o nome que a equipe indicou não era o numero um da minha pesquisa. Outro ponto, não menos importante, é de que compete ao líder abrir esse caminho, tomar a iniciativa de ouvir seus liderados e ao fazê-lo, dar atenção, olhar em seus rostos e olhos e não permitir interrupções de qualquer natureza, pois comportamento distinto demonstra falta de consideração, educação e civilidade. Texto do livro: (Guimarães, 2016).
Referencia:
GUIMARÃES, P. R. R. et al. Coaching para a liderança : a filosofia do sucesso pessoal e profissional / coordenação Andreia Roma e Beto Chaves, 1ª Ed. – São Paulo: Editora Leader, 2016. p. 223, 224.
