Já fazia algum tempo que a sua doença fora identificada. Sem cura. Talvez um transplante pudesse ser uma solução. Mas mudou totalmente a sua rotina. Hospital três vezes por semana. Procedimentos e medicamentos. Dieta determinada. Algumas vezes ficava bem, outras não. Risco de perder a vida. Disposição debilitada. Mas a coragem e conformação eram constantes. Não reclamava de nada. Não falava mal de coisa alguma. Sempre paciente. Um sábado passou mal. Quase não voltou para casa. Estava na cozinha. Chegaram as crianças. Abraços e beijos. Uma delas pergunta: – Tudo bem? Seu rosto ilumina-se em um sorriso, os olhos cheios de ternura, responde:- Não, mas agora que vocês estão aqui, estou bem!